
Você já parou para calcular quanto do seu salário vai embora só para abastecer o carro? Em um cenário onde a gasolina não para de subir, o carro elétrico surge como uma alternativa moderna, silenciosa e, principalmente, econômica.
No entanto, mesmo com tanta tecnologia e vantagens, muitas pessoas ainda têm dúvidas: será que compensa o investimento inicial? Como funciona o carregamento em casa? E a manutenção, é realmente mais barata?
Essas perguntas fazem sentido, principalmente porque estamos falando de uma mudança de hábito. Mas ignorar essa tendência pode custar caro no futuro, tanto no bolso quanto no impacto ambiental.
Neste artigo, você vai entender as reais diferenças entre um carro a combustão e um carro elétrico, conhecer os modelos mais vendidos no Brasil, e descobrir como economizar ainda mais com energia solar e manutenção simples.
Inicialmente, o investimento em um carro elétrico ainda é superior ao de modelos a combustão. Por exemplo, o BYD Dolphin Mini, um dos modelos mais acessíveis da marca, é comercializado a partir de R$ 118.800. Em comparação, um carro popular a combustão pode ser encontrado na faixa de R$ 70.000 a R$ 90.000.
Entretanto, é essencial analisar o custo total de propriedade. Ao longo dos anos, os carros elétricos podem gerar uma economia significativa, especialmente em combustível e manutenção. Diversos estados oferecem isenção de IPVA, rodízio liberado, e programas de incentivo que tornam o carro elétrico mais atrativo do ponto de vista financeiro.
Além disso, o mercado de usados e seminovos elétricos está aquecido, abrindo portas para quem quer entrar nesse universo com menos investimento inicial.
A economia mensal é um dos principais atrativos do carro elétrico. Para se ter uma ideia, enquanto abastecer um carro a gasolina pode custar R$ 800 a R$ 1.200 por mês, carregar um carro elétrico em casa custa, em média, R$ 100 a R$ 150 por mês, dependendo da tarifa de energia.
Um estudo realizado em 2024 revelou que a economia anual pode ultrapassar R$ 9.800, considerando combustível e manutenção. Para motoristas de aplicativo, essa economia pode ultrapassar R$ 2.200 por mês, chegando a mais de R$ 25 mil por ano.
Com essa diferença, o valor mais alto na compra do carro elétrico se paga em poucos anos.
Uma das maiores vantagens do carro elétrico é a possibilidade de carregar o veículo em casa. Isso garante comodidade, segurança e um custo muito mais baixo do que abastecer em postos de combustíveis.
A maioria dos modelos acompanha um carregador portátil, que pode ser ligado diretamente em uma tomada convencional de 220V. No entanto, é recomendável instalar um wallbox — um carregador fixo, que oferece mais potência e reduz o tempo de carga.
O investimento em um wallbox varia entre R$ 4.000 e R$ 8.000, incluindo o equipamento e a instalação elétrica. O carregamento completo pode levar entre 6 a 10 horas, ideal para ser feito durante a noite.
A média de consumo dos carros elétricos gira em torno de 15 kWh a cada 100 km. Com a tarifa média de energia a R$ 0,66 por kWh, o custo para rodar 1.000 km é de aproximadamente R$ 100. É uma fração do valor gasto com gasolina ou etanol.
E se você pudesse rodar o mês inteiro pagando quase nada de energia? É isso que muitos proprietários de carros elétricos estão fazendo ao investir em painéis solares residenciais.
Instalar energia solar fotovoltaica em casa permite gerar sua própria eletricidade. Assim, além de economizar na conta de luz, você abastece seu carro com energia limpa e gratuita.
Um sistema residencial de 3 kWp é suficiente para atender o consumo médio de uma casa e ainda carregar um carro elétrico que rode cerca de 1.000 km por mês. O custo de um sistema solar gira em torno de R$ 15.000 a R$ 20.000, com retorno do investimento em até 4 anos.
Ao combinar carro elétrico + painéis solares, o impacto ambiental se torna praticamente nulo. É uma solução 100% verde, que reduz a emissão de CO₂ e torna sua casa e sua mobilidade autossuficientes.
Uma das grandes vantagens dos veículos elétricos é o baixo custo de manutenção. Com menos peças móveis e sistemas mais simples, a necessidade de revisões é reduzida drasticamente.
Isso já elimina boa parte dos custos recorrentes em veículos a combustão.
Enquanto revisões em carros a combustão podem ultrapassar R$ 1.000, as revisões de um carro elétrico ficam entre R$ 300 e R$ 500, e com menos frequência.
O mercado brasileiro está cada vez mais competitivo. A seguir, os modelos mais vendidos em 2024 por marca:
A BYD é a montadora que mais cresce no segmento elétrico no Brasil. Entre seus modelos mais vendidos:
Muitos consumidores ainda têm receio quanto à infraestrutura de recarga. Mas o cenário está mudando rapidamente:
A tendência é de crescimento exponencial nos próximos anos, com parcerias entre montadoras e empresas de energia para acelerar a instalação de novos pontos.
Grandes montadoras já anunciaram prazos para abandonar a produção de veículos a combustão. Países como Reino Unido, França e Noruega estabeleceram metas para vender apenas veículos elétricos a partir de 2030 ou 2035.
No Brasil, o avanço ainda é gradual, mas promissor. Com incentivos fiscais, melhorias na infraestrutura e queda nos preços, o carro elétrico tende a se tornar a opção dominante na próxima década.
Sim, vale a pena. Embora o preço inicial ainda seja mais alto, o custo-benefício de longo prazo é inegável. A economia mensal com abastecimento, os baixos custos de manutenção e a possibilidade de usar energia solar tornam o carro elétrico uma decisão estratégica e sustentável.
Além disso, a experiência ao dirigir um elétrico é mais confortável, silenciosa e tecnológica. É uma escolha que combina economia, inovação e respeito ao meio ambiente.